120 Anos de Colonização Polonesa em Santa Cândida
No mês de agosto de 1875 chegou a Santa Cândida o primeiro grupo de imigrantes poloneses, oriundos da aldeia de Szolkowice, arredores da cidade de Opole, província da Alta Silésia, formado por 168 poloneses e 40 suíços de fala francesa.
Para sua colonização foram adquiridos cinco milhões de m² de terras de cultura nos arredores de Curitiba, na época uma pequena cidade de 12.000 habitantes. Cada família recebeu 4,5 alqueires de terra. um casinha de madeira e 20 mil réis para as primeiras despesas, sistema esse introduzido pelo então presidente da Província, Dr. Adolpho Lamenha Lins, pernambucano, e que permaneceu no governo por apenas dois anos.
Neste curto espaço de seu governo, Lamenha Lins criou outras colônias ao redor de Curitiba, fato que colocou a nossa Capital na posição de única de receber, ainda no século XIX, um verdadeiro cinturão verde, responsável pelo seu abastecimento de produtos de subsistência.
As Colônia fundadas dentro do pensamento do linismo foram as seguintes: Santa Cândida, Órleans, Santo Inácio, D. Pedro, Tomás Coelho, Riviére e Lamenha.
Lamenha Lins esforçou-se logo de início, em dotar a colônia de uma capela para o culto religioso dos colonos, no próprio ano de sua fundação. A capela foi solenemente inaugurada no dia 6 de janeiro de 1877, com uma procissão que partiu de Curitiba, com cerca de dois mil fiéis inclusive o próprio presidente da Província com sua esposa, conduzindo uma imagem de Santa Cândida, de 80 cm de altura, talhada em cedro, doada pelo imperador D. Pedro II e adquirida de Lisboa, Portugal.
Em maio de 1880, o imperador D. Pedro II visitou o Paraná. No terceiro dia, a 23 de maio, antes do meio-dia, dirigiram-se, o imperador e a imperatriz, de carruagem até Santa Cândida. No Bairro Alto, os colonos ergueram-lhes um belo arco em sinal de saudação, de alegria, júbilo e entusiasmo.
Após ouvirem a Santa Missa, os colonos convidaram o casal imperial para o pão e o sal na casa do colono mais destacado, Francisco Wos, o qual também lhes mostrou o celeiro cheio de feixes de centeio, milho, feijão e outros produtos agrícolas. Depois de apreciar a malhação do centeio e inteirar-se de todos os trabalhos dos colonos, o imperador e sua comitiva retornaram a Curitiba.
A primeira capela foi solenemente inaugurada no dia 6 de janeiro de 1877. Em 18 de junho de 1906, D. Duarte Leopoldo e Silva elevou a capela de Santa Cândida à categoria de Capela Curada. Em 1929 começou a ser construída a nova Igreja, em estilo neo-gótico, inaugurada em 1936 quando foi transformada em paróquia pelo bispo Dom Áttico Euzébio da Rocha. Em 1940 a primeira capela foi demolida.
Padre Lourenço Biernaski, CM
A colônia de Santa Cândida é uma das mais antigas de imigrantes poloneses no Paraná, juntamente com Abranches. Em meados de 1875, emigraram da Alta Silésia, ocupada e germanizada pela Prússia, mais ou menos 40 famílias, gente pobre e simples, fugindo da opressão de escravidão prussiana, à procura de liberdade, de propriedades de terras e de viver em paz. Por vontade do governo da Província do Paraná e do seu grande Presidente, amigo dos imigrantes, Dr. Adolfo Lamenha Lins, estabeleceram-se nos campos denominados Atuba, a 8 km da capital, do lado da estrada da Graciosa, formando um próspero núcleo, que recebeu o nome da esposa do Presidente, Dª. Cândida.
“No dia 23 de maio de1880, depois de almoçar às 09:30 h, saíram de carro SS. MM., Ministros da Agricultura, Presidente da Província, Chefe de Polícia, engenheiro chefe do serviço colonial, Dr. Olimpio Antunes, representante da Imprensa da Corte, agente oficial de colonização, J. B. Brandão de Proença e muitos cidadãos e estrangeiros a cavalo e dirigiram-se à colônia Santa Cândida, onde “ouviram Missa” (Diário Dezanove de Dezembro, maio de 1880). Como era um domingo, Santa Cândida recebia a imperial visita de Dom Pedro II, o qual tomou parte na Santa Missa, juntamente com os fiéis. Os colonos receberam a Sua Majestade Imperial com broa de centeio, vinho crioulo e um lauto almoço. Em seguida, visitou algumas propriedades dos colonos com as suas casas e plantações, conversando com os colonos, falando no idioma deles, alemão silesiano. Diante do que viu e constatou, muito impressionado, disse: “Vocês já estão muito bem instalados, meus caros colonos. Muitas pessoas da cidade, se experimentassem o vosso pão e manteiga, haveriam de invejar-vos”. No final, levantou o brinde gritando: “Para os tempos áureos e um porvir promissor da nossa querida Nova Polônia!”
No mesmo ano da chegada dos imigrantes poloneses, o governo da Província inicioua construção de uma capelinha, pequena e simples, doando-lhe por patrimônio um terreno de 76.681 metros quadrados. A construção da mesma chegou a custar 5.820$000 (cinco contos, oitocentos e vinte mil réis). O governo comprou todos os paramentos e utensílios para a capela e assumiu a pensão do capelão de 316$135 anual.
A capela foi solenemente benta e inaugurada no Dia de Reis, 6 de janeiro de 1876. No mesmo dia, de manhã, saiu grandiosa procissão de Curitiba, de dois mil fiéis, com a presença do Sr. Governador Lamenha Lins, todos a pé, levando a imagem de Santa Cândida para a referida capela, onde foi celebrada a Missa, em que assistiu Dr. Lamenha Lins. O Diário “Dezanove de Dezembro” de 10 de janeiro de1876, em que descreve a festa e a alegria dos colonos.
A imagem que se venera na Igreja, foi oferecida por S. M. Dom Pedro II que a encomendou em Portugal.
A atividade e a presença dos Padres
Curitiba não tinha ainda o seu Bispo e dependia do Bispado de São Paulo. Santa Cândida, com sua capela pertencia à paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba. Os Livros Paroquiais comprovam pelas assinaturas, a presença dos Padres: Peters, Grabowski, Górecki, Wróbel, Gurowski etc.
Intenções e agradecimentos poderá chegar antes e solicitar na entrada da igreja.
Novena em Honra a Nossa Senhora das Graças todas as Quartas-Feiras às 19:00h.
Missa do Sagrado Coração de Jesus acontece sempre na primeira Sexta Feira de cada mês às 08:00h.
Segundas-Feiras às 16:00h.
Fique por dentro das atividades da catequese em nossa comunidade como missas, formações para os catequisandos entre outros assuntos com a Coordenação da catequese.
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